early warning, jazz burger, bom tempo, e trabalho, têm algo em comum: a hora local, que é a de tentativa de teste à resiliência.
foram eles, os gajos, os deuses, que por qualquer motivo não totalmente aleatório, olharam para baixo, e viram-me a tentar usar uma escada qualquer; foi num instante que decidiram carregar nas três vertentes que formam o equilíbrio de um homem normal.
"corria o Mundo por ti, mas o Mundo correu sem mim".
trabalho, intelecto e a parte emocional, tudo colocado no banco de ensaios da vida, muito acima da "red line", só porque sim, só porque podem e porque me deixei colocar a jeito.
Gilad, o do livro, tem razão: "don't be tricked by sucess". e não conhece ele a história dos caranguejos portugueses, que se encarregam sempre de puxar de novo para dentro do balde, aquele que só estava a conseguir posicionar-se para sair.
os pecados, como o do sucesso entre um grupo determinado de imbecis, e indeterminado de de medíocres indiferentes à qualidade, pagam-se com dor.
é uma dor moral e psíquica; quando juntas, tornam-se naquilo que conhecemos como "profunda e esmagadora tristeza".
passei pelo meu amigo budista, que continuava publicamente os seus mantras "eu sou o Bem" e "sofro, e a dor é o meu mestre" e já nem dele consegui sugar aquele resquício de serenidade perante a adversidade, que sempre me devolvia a esperança sob a forma de miragem, na crença de que o Homem é naturalmente Bom. miragem, não. a miopia é um erro, ou acontece por desgaste do material, ou por uso, porque a matéria cedeu, ou outra coisa qualquer.
a miopia organizacional, é uma manifestação da idade na procura deliberada da obfuscação da realidade.
bem aventurados os gajos verdadeiros e simples, que o mundo, por enquanto, míope ou não, está recheado de FdP.
o hambúrguer estava bom.