sem o sono dos justos, não há justiça;
há pensamentos, ideias, esprançadas cogitações, feitas de desejo e de perspectiva;
há espaços de calculismo interrompidos por comboios de imagens em desalinho;
há pena e mágoa a par de vislumbre do que era para ser e de se ser diferente;
há conformismo, pelos que desiludiram pela negativa, que desiludir pela positiva é não terem surpreendido com a desilusão;
e há, claro, escritas que, sendo normal, antecedem algum descanso sob a forma de dormir.
pode ser que seja agora;
pode ser que seja daqui a pouco que venha esse ponto de interrupção e de paz contida, por paz definitiva, só na morte e esta vai andando por aí; por aqui;
nada pior para desestabilizar que a incompreensão de como se gasta vida, gastando a dos outros com a sua;
princípio do fim, num fim visivelmente antecipado, à vista de todos, na escolha de rumo a dar à vida sem tal.
incongruências. anti-certeza.
tenho pena de quem assim se despede.
fim de ideia; não tendo chegado o sono, veio mais uma fase, frase... frimagem! frases-que-são-imagens.
há quem prefira a fotografia. eu 'acho' que se complementam;
venha o silêncio numa antecipação do sono, que o dormir acaba num ronco.