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Tempus a tempus

um espírito próprio dos que vão estando a tempus, in tempus.

Tempus a tempus

um espírito próprio dos que vão estando a tempus, in tempus.

14
Mai04

Deixa-me ir...

Tempus
Paira no ar aquele desejo
Desta vez não é amor
Desta vez não é paixão
Só paira no ar o meu desejo!

Eu só quero crescer
E voar tão alto, além da resistência da matéria
E abrir o peito para a lua sem dor
E Ter o brilho no meu sorriso sério

Depois fechar os olhos
Sentir mexer todos os poros do meu corpo
É o desejo de ambição!!!
Quero crescer e voar tão alto
Tocar num pássaro e sentir seu coração
E do alto olhar a cidade
Crescer e voar, quanta ambição nessa idade!

Só quero construir um castelo da minha vida
Do alicerce ao último tijolo
Construir, Deus venha reconstruir-me
Ajude-me nesta vereda, a minha caminhada, a minha ida
Quero ter bem no alto a minha torre

Não me acomodar e viver e sonhar
Embora eu tenha que seguir sozinho
O amor poderia vir a me acompanhar
Mas não, não, aqui ele não está
O medo vem a me perfilar
Construir um castelo sem morada para uma rainha
Somente um rei no seu reino a reinar
O que posso fazer? Deixe meu coração ir...
Ficando em cima da torre, sobre tudo e todos que se opuserem a mim
Erguendo a espada do espírito para o alto
Santificando-se nas trovoadas dos meus actos
E dizer adeus a todos...deixe meu coração ir
Dizendo a todos bye-bye por se oporem a mim

Adeus aos romances... deixe meu coração ir
E que a literatura queime na única luz das trevas
Assim como minha mente... deixe meu coração ir
Se não quiser vir
Deixe meu coração ir...
14
Mai04

Mau jornalismo vs. má legislação

Tempus

Como se não bastasse a confusão gerada pela legislação (o DL 7/2004)!


A sala do CCB onde decorreu o "CyberLaw 2004" acabou por ser pequena; estavavam lá advogados; um deputado; adovogados; polícias; um Conselheiro; advogados; gente da ANACOM; advogados; gente dos Gabinetes Juríridos de empresas de telecomunicações; representantes da Ordem dos Advogados; e muitos advogados, claro!


Basicamente, tratou-se de um lançamento de dois livros e de um encontro que infelizmente só durou até ao início da tarde. Infelizmente porque as intervenções foram esclarecedoras. Esteve de parabéns o editor CentroAtlântico.


Aquilo, (o DL), foi apupado, com explicações detalhadas do porquê; lá se foi a hipótese de desdizer a crítica com base nas teorias-da-conspiração. A aberratio legis em causa foi brindada com miminhos do tipo "retrocesso civilizacional", "inconstitucionalidade", "manta de retalhos" e outras qualificações muito leves.


Não é que defenda a ANACOM - foram investidos de um poder-dever - mas daí a dizer-se no pseudo-artigo do conhecido e-journal que são os "caça-blogs"! E depois de caçarem os blogs, faziam o quê? Promoviam apagões*? Caçavam os newsgroups? Encerravam os servidores de IRC? Fechavam a net, talvez...


Este blog resolve a coisa, repondo a verdade.


Mau jornalismo vs. má legislação: a única coincidência que está a bater certo. cf. mais abaixo com "fragmentos de um Direito". De tudo isto, o ignorante perceberá que se quis criticar alguém em concreto. O mais atento, que se quer melhor e menos legislação.


Apagão: ver a definição em ad-libitum.blogspot.com

13
Mai04

Não é meu, mas tenho pena...

Tempus
Tão pobre é a tradução,
que muito receio amputar
tão belo e digno rimar.
Recebe pois o que segue e te digo
ou em vão to terei dito
não sendo mais que citação.
........................................................

Assim és tu para o meu pensar como o alimento é para a vida;
como doces são os chuviscos para o chão;
e pela paz que para mim és, luto por ti
como o avarento defende os seus pertences,
...
temo o perigo de em breve a idade o meu ouro fazer perder,
agora que conto ficar a sós contigo, isso melhor,
que ver-me o mundo um tal prazer.
Por vezes cheio só por te olhar e logo faminto de de novo te ver,
não tendo nem perseguindo outro alimento,
salvo o que de ti tirei ou que de ti poderei tomar.
Assim vou, dia a dia, jejuando e comendo,
ou tudo devorando como um glutão ou tudo mandando fora.

13
Mai04

fragmentos de um Direito

Tempus
Sobre a lei dos homens, pretensamente para alcançar Justiça terrena, alguns Professores de Direito criticam muito o legislador e esquecem rapidamente os princípios que ditaram nas "suas" Faculdades, assim que se tornaram eles próprios "legisladores".

Os seus ex-discentes, tentam seguir os passos tidos por bons. Ávidos práticos do Direito actual, mediatizado e deturpado, esmagados pela necessidade que eles próprios criaram de reconhecimento de eficácia, esquecem também os princípios que lhes foram ensinados.
Todos eles, encurralados precisamente pela força da praxis - a opinium comunis doctorum do Século XXI – vão destruindo o espírito académico "de investigação", que vai cedendo perante a "melhor doutrina" instalada.
Afinal, dos tempos do Direito medieval aos dias de hoje, tirando o abandono do ordálio, nem se avançou grande coisa.

As vozes discordantes da "doutrina maioritária" são rapidamente silenciadas: não há mais convites para participação aos (advogados e juristas) discordantes, nem em seminários, nem para outros eventos de formação. Não se lhes dá espaço, que é para não incomodarem. Uma espécia de versão daquele mote das estratégias, de que "quem ocupa a periferia, ocupa o centro"; interessa é retirar espaço.
E se não for Doutor, nem se publica.
Corporativismo; e no seu pior.

Com tudo isto, não perdem os advogados: perde o País, principalmente na parte preenchida por Magistrados Judiciais, que precisam de ler doutrina, perdem Procuradores e demais Ministério Público - eu tento, mas em consciência, não consigo designá-los de magistrados… e isto nada tem a ver com as pessoas em si, porque todos sabem que há lá muita gente de qualidade e de muito trabalho demonstrado; perde a sociedade, que embrutece; perde a cultura jurídica, que em vez de caldo de cultura vira uma massiva colecção de citações da doutrina estrangeira; perdem as Universidades e os seus alunos; mas sobretudo, perdem os visados nas causas jurídicas: as partes, os lesados, o povo.

Com isto tudo, há quem se queixe que a maior parte dos actuais alunos de Direito tendem a criticar de forma fácil "os uns e os outros", sem compreenderem bem que aquilo que caracteriza o jurista é precisamente a crítica fundada, séria e construtiva, a qual, se fizer sentido, até pode virar “a melhor doutrina”.

Se é assim, deve ser porque os alunos que o fazem se limitam a reagir a maus exemplos, pois que ninguém, principalmente um Jurista, pode pretender que “a melhor doutrina”, mesmo que sua, se mantenha inatacável, parada no tempo e sobre um pedestal – cristalizada - para usar também expressão de alguma da tal melhor doutrina.

Porquê este texto? Porque infelizmente em surdina ao invés da discussão alargada, se têm assistido a convulsões com as mais recentes peças legislativas que tratam, de entre outros assuntos, daquilo que se designa nestes meios, por “SPAM” e por comércio electronico.
Misturaram tudo e mal. Confundiram efeitos e ignoraram a forma dos actos por de trás do que decidiram punir.

Apesar das duras (justas) críticas pela Ordem dos Advogados, que já se pronunciou, de forma indirecta, sobre a qualidade e de forma directa sobre legalidade da legislação em causa, anda tudo a assobiar para os Códigos, empurrando com o sapatito a incómoda Constituição para debaixo da mesa. E na sociedade da informação que se persegue, teoricamente atrás de um desiderato de evolução, ninguém liga ao teor daquela legislação agora publicada e às suas (nefastas) consequências práticas.
Não se duvida da bondade da transposição. Tem-se a certeza é de que se escolheu uma má forma de o fazer, não ouvindo os actores da vida a que ela diz respeito. Ressurge com força e parece vencer o mais sombrio e velho “quem não é por mim, é contra mim”.
E isto acontece logo na Casa do Direito, onde o exemplo devia imperar.
Lá se foi a doutrina do “jus rectum, directum”.

Imagine só, se este fosse um blog difamatório e você o difamado.
Dirige-se ao ISP; este à ANACOM e nesta alguém decide se se mantém, ou não, o texto "on-line".
Como pede você responsabilidades a quem o difamou, ou devassou?
Uma nova forma de jurisdicionalização.

Alguma da melhor doutrina, constitucional, chama-lhe funcionalização; da Justiça, já se vê.
E agora imagine que o texto não é ofensivo e é a demonstração da liberdade de expressão de alguém e que o visado, (público, privado, singular ou colectivo), o têm por incómodo. Tire as consequências.
Como alguém já escreveu, não é o retorno do "jedi", é o do lápis azul. Só a forma é que é diferente.

E vem aí o “regime jurídico da prova digital”… que soube agora, ainda nem foi enviado à Ordem dos Advogados, para que se possam pronunciar. Caramba, nem que fosse por mera deferência…
06
Mai04

ande náu, samessing compliteli diferente!

Tempus
Ulha! Funcionou!

Se por acaso aqui veio parar, ainda está a tempo de escolher outra página, ou outro site, ou outro belógue.

Já que assim foi, fique então a saber que cá virei, muito de tempos a tempos, a vários tempos, deixar um texto. Meu.

Se não for, eu digo.

Que ninguém conte então com a publicação diária, por obrigação... é mesmo de tempus a tempos.

Este belogue, se não sofrer nenhum "apagão"*, irá ter histórias de todos os dias e estórias de outros géneros e tempus.

Nunca direi quando é ficção.

Terá também opiniões. Não me vou por a contestar eventuais comentários.
Excepto se vir nisso interesse...

Inté!







*Apagão: ver a definição em JocandiCausa, aí numa sala ao lado.

Pág. 2/2

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