a dor no
é assim como um estar aqui, mas estar ali também.
as imperfeições do ser acumulam-se, e dão origem ao somatório de intolerãncias, que avoluma e cresce.
fingir que se não percebe, não é um sinónimo de se procurar o entendimento, mas sim o desacreditar em mudança, em algo que devia ser bom mas não é.
persiste-se num 'semper paratum' que a qualquer momento resvala para a disrupção.
de um lado os lutos mal resolvidos, do outro as manhosices que permitem o ir-se safando, ou fazendo o que se quer, sem a menor preocupação pelo esforço físico e psicológico de terceiros - as verdadeiras traves mestras.
de instituição tenebrosa a amálgama de indiferenças infividuais, somadas por anos e anos de sobrevivência emocional no limite, isto é, entre o menos e o zero, nada do que parecia, o é hoje, e nada do que deveria ser o é, e nada parece ser o que é.
uma vida cheia de nada, um esforço de sustentação hercúleo a todos os níveis.
dos 3/3 que nos compõem (realização profissional, parte emocional, realização intelectual) já é mau quando um sucumbe com barulho; quando dois não funcionam, passa-se do nível de alerta para o de alarme.
se desaparecem os 3 componetes, o mundo gira, a vida transforma-se, e o cíclo da vida recomeça - ou o recipiente da vida apaga-se.
só que cada vez que tal sucede, o vigor é menor; a beleza das situações esbate-se num murmúrio de arrependimento, e a sabedoria é posta em causa.
peça de adorno, tolerável pela necessidade.
já nem o hino nos une.
que pena.